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Febre: quando devo me preocupar?

05 Agosto 2020
Febre: quando devo me preocupar? | Oeste Saúde - Planos de Saúde

Nossa temperatura corporal é controlada pelo hipotálamo, uma área do cérebro que age como um termostato ajustado para manter os órgãos internos a 37℃. Quando o organismo é agredido por um agente externo ou por uma doença dos órgãos internos, o termostato pode elevar os valores da temperatura normal do corpo, o que caracteriza a febre. Mas quando ela deve ser motivo de preocupação?

No mundo todo, a febre é uma das queixas mais frequentes entre as pessoas que buscam o pronto atendimento. Mas nem sempre a febre é sinal de infecção ou outra doença; ela é uma reação do organismo contra alguma anomalia. Embora esse sintoma possa assustar, especialmente quando se manifesta em crianças e idosos, em geral, ele não é considerado grave. 

A temperatura normal do corpo varia entre 36º C e 36,7º C, podendo ser mais baixa pela manhã e mais alta no fim da tarde ou à noite. Geralmente, alterações de até um grau podem ser absolutamente aceitáveis. Fatores como ciclo menstrual e exercícios pesados podem afetar a temperatura corporal. 

De acordo com os infectologistas a febre pode ser caracterizada como:
- Febrícula ou estado febril: de 37,3℃ a 37,8℃;
- Febre: acima de 37,8℃;
- Febre alta: em geral, a partir de 39℃.

 

O que causa febre?

Ao perceber uma invasão de microorganismos, o hipotálamo faz subir a temperatura corporal como um sinal de alerta. Entre as causas da febre, destacam-se as infecções por vírus, bactérias, fungos e parasitas e as não infecciosas, como as doenças do sistema nervoso central (hemorragias, traumatismos, tumores cerebrais), as neoplásicas (câncer de fígado, rins, intestinos, linfomas, leucemia), as cardiovasculares (infarto, tromboflebite, embolia pulmonar), hipertireoidismo, alguns tipos de hepatite e de doenças reumáticas.

 

Quais são os sintomas de febre?

Os sintomas de febre incluem calafrios, tremedeira seguida de sensação de calor intenso e sudorese. Algumas pessoas também podem apresentar dores musculares, nas juntas, dor de cabeça, fraqueza, apatia, irritabilidade, indisposição, perda de apetite, boca seca e desidratação.

No entanto, a única forma de ter certeza de que está com febre é medindo a temperatura com o auxílio de um termômetro, de preferência, eletrônico. A maneira mais usual de aferir a temperatura é colocando o bulbo do termômetro nas dobras das axilas, aguardar com o braço imóvel e só retirar depois de cinco minutos para fazer a leitura. Alguns modelos mais modernos medem a temperatura instantaneamente, apontando o aparelho para a testa do indivíduo.

Seja qual for o estado febril, é muito importante medir a temperatura mais de uma vez, anotando os valores e horários correspondentes. Saber se os picos febris são altos ou baixos e em que horário se manifestam ajuda a identificar as enfermidades que possam estar envolvidas e a estabelecer o diagnóstico correto. Caso você não tenham um termômetro com você, esteja atento a outros sintomas que podem estar associados à febre, como sensação de cansaço, ranger de dentes e rubor facial. 

Algumas pessoas podem apresentar os sintomas de febre sem que sua temperatura corporal se eleve, descrevendo o quadro como “febre interna”. Apesar de sentir o corpo muito quente, na verdade, esse termo não existe, sendo somente uma expressão popular.

Geralmente os quadros febris são sinais de infecção comum e de curta duração. No entanto, como a febre pode também ser um dos sintomas de várias enfermidades diferentes, é indispensável estabelecer o diagnóstico correto para orientar a conduta adequada.

 

Quando a febre é sinal de preocupação? 

Se você está se perguntando quantos dias é normal ter febre, a resposta depende dos outros sintomas. Tosse ou diarreia persistentes, falta de ar, fezes ou urina com sangue, dor intensa de cabeça, no abdome ou muscular, e mesmo manchas na pele, quando associados à febre, indicam possíveis doenças que precisam de tratamento. Em caso de febre alta, ou que persiste por mais de dois dias, é necessário buscar ajuda médica o mais rápido possível.

Pessoas com condições que prejudicam as defesas do corpo precisam de uma atenção maior. Quando o paciente já apresenta doença pulmonar crônica, asma, doenças do coração, diabetes ou outra doença metabólica, doença crônica gastrointestinal, hepática ou renal  e doenças autoimunes, a febre é um sinal de alerta que não pode ser negligenciado. 

 

E quanto às crianças?

Especialmente nas crianças, febres que se aproximam dos 40℃ ou acima disso podem provocar confusão mental, delírios e convulsões. Para algumas delas, a febre não pode ser tolerada, como no caso de crianças com doença cardíaca ou pulmonar grave, ou febre em bebê com idade inferior a 3 meses, que poderia se desidratar rapidamente.

Também é preciso buscar ajuda quando a criança apresentar apatia, perda de apetite, choro constante, dificuldade para se levantar, rigidez na nuca, manchas na pele, dificuldade para respirar ou engolir, dor abdominal, dificuldade ou dor para urinar, rubor (vermelhidão) ou inchaço em alguma parte do corpo e convulsão.

 

Como baixar a febre?

Como a febre é apenas um sintoma, a escolha do tratamento pode estar diretamente associado ao problema causador da elevação de temperatura corporal. Em grande parte dos casos, a febre é provocada por agentes infecciosos de curta duração, que o próprio sistema de defesa do organismo consegue eliminar. Portanto, em grande parte dos casos não há necessidade de medicamentos especiais para tratamento da febre. 

É importante saber como baixar febre para alívio dos outros sintomas. Hidratação, repouso e remédios simples como analgésicos e antitérmicos são medidas suficientes para o conforto do paciente. Lembre que esse tipo de medicamento não trata doenças. Ele somente é utilizado para o controle do sintoma. Portanto, use-o de forma racional, ou seja, na dose certa e por tempo limitado. 

É preciso ter cuidado com a automedicação porque esse tipo de fármaco, embora seja considerado seguro e eficaz, quando mal utilizado, pode levar a problemas hepáticos e renais. 

 

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