Mês da mulher: cuidados com a saúde feminina

Os cuidados com a saúde feminina nem sempre foram prioridade no país, tendo apenas pouco mais de 3 décadas, em relação às políticas e aos protocolos. No Brasil, elas são a maioria: 51,7% da população brasileira é formada por mulheres. Conhecidas por sua agilidade, versatilidade e dedicação, as mulheres enfrentam muitos desafios diários, e muitas vezes, acabam deixando seu bem-estar em segundo plano. 

Cuidar da saúde da mulher significa prevenir doenças de fácil detecção, como é o caso do câncer de mama. Existem outras doenças que precisam ser prioridades na hora de realizar um check up médico feminino:

- Cistite: inflamação ou infecção causada por bactérias que atingem a bexiga;
- Câncer de colo de útero: tumor maligno que afeta a parte mais inferior do órgão;
- Mioma uterino: tumores benignos no útero que podem se desenvolver durante a idade fértil da mulher;
- Ovário policístico: distúrbio hormonal que causa um aumento no tamanho dos ovários, com pequenos cistos na parte externa deles;
- HPV: infecção que causa verrugas em diversas partes do corpo, dependendo do tipo do vírus;
- Corrimentos vaginais atípicos: fluidos e células da vagina, possivelmente exalando um odor incomum;
- Endometriose: distúrbio em que o tecido que normalmente reveste o útero cresce fora do órgão;
- Osteoporose: condição na qual os ossos se tornam frágeis e quebradiços.

Principais cuidados com a saúde da mulher

Cada mulher tem necessidades específicas em relação à saúde feminina. Mas algumas recomendações gerais são importantes para melhorar a qualidade de vida e aumentar a segurança no cuidado feminino. Confira a seguir quais são os principais:

1. Visite o médico com frequência

Visitar periodicamente o médico especialista em saúde feminina, como ginecologista e mastologista, é essencial, e não apenas quando surgem sintomas suspeitos. Fazer um check up feminino é indispensável para diagnosticar doenças de forma precoce e receber as orientações corretas. Ao menos uma vez por ano, é preciso realizar exames importantes, como a mamografia ou o papanicolau

2. Cuide da saúde íntima

Dar atenção à saúde íntima da mulher é indispensável para evitar infecções comuns, como a candidíase. É importante ter cuidado com alguns hábitos, como não usar roupas muito apertadas, não ficar com a roupa íntima ou biquíni molhado por um longo tempo e não compartilhar certos objetos pessoais. Para mulheres com vida sexual ativa, é essencial eleger corretamente métodos de prevenção de doenças. 

3. Tenha hábitos saudáveis

Como as mulheres têm maior tendência para acumular gordura em certas partes do corpo, o cuidado com o cardápio diário faz a diferença para controlar níveis relevantes, como os números referentes ao colesterol. Não se trata de fazer dietas restritivas e, sim, de garantir uma nutrição adequada. Também é importante praticar 30 minutos diários de atividade moderada, por 5 vezes na semana. Dessa maneira, você foge do sedentarismo e deixa o corpo mais saudável

4. Dê atenção à saúde mental

Em uma sociedade patriarcal, as mulheres podem sofrer muitos problemas psicológicos. Por isso, é necessário cuidar da saúde mental das mulheres. Quadros como depressão, ansiedade e estresse têm que ser tratados corretamente para garantir bem-estar no cotidiano.

5. Escolha o melhor método contraceptivo

Para prevenir uma gravidez precoce ou não planejada, a mulher tem à sua disposição diversos métodos contraceptivos. Os mais famosos são: anel vaginal, injetáveis, adesivos, DIU de cobre, DIU com hormônio, diafragma e camisinha feminina. Junto com seu médico, a mulher precisa decidir qual método é mais adequado ao seu dia a dia.

Sexualidade feminina

A sexualidade feminina é um assunto que precisa ser amplamente discutido. O tema ainda é tabu na sociedade, e para a maioria das mulheres, é muito difícil refletir e falar sobre o assunto. A verdade é que há poucos estudos feitos especificamente sobre a sexualidade feminina. O problema é que essa invisibilização reflete diretamente na capacidade de sentir qualquer tipo de prazer durante a relação sexual.

Durante a consulta com seu ginecologista, aproveite para tirar dúvidas e pedir orientações. Questões de libido, vaginismo (disfunção sexual feminina que torna o ato sexual doloroso), traumas ou repressão precisam ser tratadas. 

Tendo esses cuidados com a saúde feminina, o bem-estar das mulheres passa a ser prioridade. Fale com seu médico e não deixe esse cuidado para depois.